Nossas crianças
UMA BOA ALIMENTAÇÃO
Se uma boa alimentação é importante para nós, adultos, que já temos nosso corpo todo formado, imagina para as crianças, que precisam de uma boa matéria-prima para construir o deles. Mas o fato é que deparamos constantemente com imagens de crianças em todos os cantos comendo todo e qualquer tipo de lixo, e acabamos achando que se todos fazem é sinal que está tudo bem. Nosso cérebro nos convence de que as crianças são mesmo assim e se utiliza do fato de que você realmente não tem nenhum tempo de sobra para resolver esse problema. Tempo de sobra é algo que pais de crianças pequenas nunca têm, mas a questão é que esse é um assunto que tem que ser encarado como a prioridade, e não como sobra. E na medida em que entendemos melhor o que estamos dando para nossos filhos comerem, e quais as implicações disso em seu desenvolvimento,fica mais fácil resistir às carinhas de cachorro sem dono diante da gôndola de balas e chocolates.
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que 15% das crianças com idade entre 5 e 9 anos têm obesidade. Uma em cada três não chegaram ao nível da obesidade, mas estão com peso acima do recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e pelo Ministério da Saúde.
Os casos de obesidade infantil aumentaram em mais de 4 vezes nos últimos 20 anos. E o problema é que obesidade não tem só a ver com baixa auto-estima ou bulyng, mas está relacionada com o aumento significativo no risco de cardiopatias, diabetes, colesterol alto, infertilidade e hipertensão.
Não é a criança que faz as compras, que cozinha e que tem dinheiro para ir ao restaurante ou comprar porcarias na cantina, a não ser que você forneça. Por pior que isso possa ser para seu ibope em casa, ele não comerá bolacha recheada se ela não estiver no armário. Nem comerá lasanha congelada industrializada se esse não for o cardápio do almoço na sua casa. E a conta da cantina pode ser substituida por uma lancheira saudável com a imagem do seu super-herói favorito. Quem deve estar munido das informações nutricionais necessárias para que ele tome outra direção tem que ser você, não ele. Seu filho precisa mais da sua ação e menos da pressão.